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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Nova Urgência do Centro Hospitalar Leiria-Pombal abre dia 4 de maio

Entradas distintas para utentes gerais, para utentes em maca e para utentes em situação de emergência, espaços amplos e bem identificados, cinco zonas diferentes de tratamento de doentes, com capacidade para 86 doentes em simultâneo, mais equipamentos e reforço das equipas clínicas são algumas das novidades das novas instalações do Serviço de Urgência Geral do Hospital de Santo André (HSA), que entrará em funcionamento já no dia 4 de maio. O Conselho de Administração do Centro Hospitalar Leiria-Pombal (CHLP) deu a conhecer as novas instalações, no dia 3 de maio, numa visita guiada pelo administrador executivo Licínio de Carvalho, pelo diretor de Urgência Geral, Vítor Faria, pela enfermeira diretora Emília Fael e pela enfermeira chefe da Urgência Geral, Georgina Lourenço. O novo Serviço, fruto da total requalificação das antigas instalações da Urgência Geral, é dotado do sistema de atendimento da Triagem de Manchester, que possibilita o encaminhamento dos doentes para áreas específicas, com meios próprios, de acordo com o seu grau de urgência. Desta forma, é melhorada a funcionalidade e a operacionalidade do serviço, através da reformulação de circuitos e a inovação dos modelos de cuidados, e tendo como base todas as potencialidades da Triagem de Manchester. Com este método, o CHLP pretende reduzir os tempos de espera dos utentes de seis horas para quatro horas. As obras, com um investimento global a rondar os 4,2 milhões de euros, com fundos próprios do hospital, começaram em Setembro de 2010 e terminaram há 2 ou 3 meses, sendo inauguradas apenas agora uma vez que houve que validar todas as vertentes do serviço, já que “é um serviço onde não podemos fechar a porta, temos que validar todas as condições que possam minimizados os riscos de alguma situação de última hora que pode comprometer o atendimento”, justificou Licínio de Carvalho. O administrador executivo referiu que um dos objetivos desta nova urgência que vai ser monitorizada, vai ser a redução do tempo médio de permanência na urgência. “Nós neste momento estamos perto das seis horas e o nosso objetivo era passar para as quatro horas. É um objetivo demasiado ambicioso, mas é o objetivo a que nos colocámos quando elaborámos o projeto das urgências”, explicou. Segundo Vítor Faria, além de todos os novos equipamentos desta urgência, também é “essencial para a redução dos tempos de espera que as equipas que estejam a trabalhar neste serviço sejam equipas bem organizadas, capazes. O básico para se trabalhar bem numa urgência é ter as equipas dinâmicas, adequadas, os profissionais competentes”, além destas novas instalações serem motivadoras, confessou. Por seu turno, Licínio de Carvalho salientou que “nós não queremos ter aqui uma urgência nova, queremos ter uma nova urgência, isso quer dizer que não nos limitamos a recuperar apenas as instalações e a comprar novos equipamentos. Para além do ajustamento que fizemos de equipas, gostava de destacar duas situações: por um lado as informações aos utentes e aos familiares serão agora prestados por um enfermeiro, no sentido de facilitar a comunicação; a outra questão é que esta nova urgência toda ela foi estruturada dividindo as áreas de atendimento de acordo com as necessidades, de acordo com as patologias e, portanto, a ideia é atender cada grupo de doentes em instalações adequadas, preparadas para que o trabalho possa ser mais eficaz”, explicou. Segundo o administrador executivo do CHLP, “neste momento temos consciência de que o Hospital de Santo André passa a ter um Serviço de Urgência adequado a dar uma boa resposta à nossa procura” e é “nossa convicção que ficamos preparados para atender melhor os doentes que vêm e se a procura crescer temos condições para dar uma maior resposta”, acrescentando que “a urgência anterior estava prevista e pensada para cerca de 100 doentes, esta nova urgência está pensada para cerca de 250 doentes por dia, podendo ter em simultâneo 86 doentes. O sistema de sinalética no chão com as linhas orientadores de cada cor de triagem e de acesso ao Raio-X também veio facilitar o atendimento. Segundo Vítor Faria este sistema “resulta e facilita muito, facilita aos doentes e facilita aos funcionários que trabalham nos circuitos da urgência.” As urgências estão bem equipadas não só em termos de equipamentos, mas também em termos de reforço de pessoal, uma vez que a urgência vai passar a dispor de uma equipa médica com 4 internistas, 3 ortopedistas, 3 cirurgiões, 4 generalistas, 3 anestesistas e 1 psiquiatra (este em regime diurno), além de uma equipa de 15 enfermeiros, adiantou Licínio Carvalho. Este responsável destacou também a proximidade da urgência ao serviço de Raio-X, que vai ser interno da urgência, e ao Bloco Operatório. A entrada na urgência é feita através de três portas diferentes: doentes em geral, doentes em maca e emergência, seguindo depois para o atendimento e triagem. No interior e após a triagem, o doente será encaminhado para a sala de espera ou sala de tratamento de acordo com a cor que recebeu, existindo cinco áreas diferentes: a área Verde, para doentes menos graves; a área Amarela para doentes mais graves; a área Laranja para doentes que possam estar em algum perigo de vida; a área Vermelha, para doentes em perigo de vida; e a área de Ortotrauma, para doentes que necessitam de tratamentos ortopédicos ou de cirurgia. Todas as áreas têm sua respetiva sala de espera. Em relação à área Verde, esta representa cerca de 40% dos utentes que chegam à urgência, e que podem ter vários tipos de dor como, dentes, ouvidos ou pequenas feridas. Aqui o tempo de permanência no serviço é de cerca de 3 a 4 horas. Este serviço terá dois médicos em permanência, e está equipada para receber 17 utentes em simultâneo. No que se refere à área Amarela, esta representa cerca de 50% dos utentes que chegam à urgência, e que podem ter vários tipos de dor como abdominal ou renal, ou mesmo um doente com dificuldades respiratórias. Aqui o tempo de permanência no serviço é de cerca de 10 a 11 horas. Este serviço terá 10 a 12 médicos em permanência, e está equipada para receber 38 utentes em simultâneo. No que se refere à área Vermelha, esta representa apenas uma média de 2 doentes por dia, estando estes doentes em perigo imediato de vida. Relativamente à área Laranja, esta representa cerca de 5% dos utentes que chegam à urgência, com algum perigo de vida, sendo a maioria doentes que são transportados em maca e com exigência grande de cuidados. Aqui o tempo de permanência no serviço é de cerca de 12 a 24 horas. Este serviço terá um médico em permanência, e está equipada para receber 23 utentes em simultâneo. Por último na área de Ortotrauma, o Hospital de Leiria recebe em média cerca de 19 mil doentes a necessitarem de cuidados ortopédicos e também cerca de 19 mil utentes a necessitarem de cuidados cirúrgicos. Aqui o tempo de permanência no serviço é reduzido, uma vez que após receberem o tratamento os utentes são reencaminhados para a sala com a respetiva cor de triagem. Este serviço está equipada para receber 6 utentes em simultâneo. Fonte: Tinta Fresca

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